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 Capítulo I - Profecias Sobre o Nascimento do Messias

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: Capítulo I - Profecias Sobre o Nascimento do Messias   Capítulo I - Profecias Sobre o Nascimento do Messias Icon_minitimeSeg Mar 10, 2008 11:50 am

Estudo Dinâmico do Evangelho


Segunda edição

Amílcar Del Chiaro Filho

Capítulo I - Profecias Sobre o Nascimento do Messias


As pessoas versadas no 1º Testamento (Aliança) firmada entre Jeová, Deus familiar, regional, guerreiro, com Abraão, que os cristãos chamam de Velho ou Antigo Testamento, (Testamento, aqui, tem o sentido de aliança, e não de disposição dos bens para os herdeiros), em razão de que, com o Cristo, dizem eles, teria sido firmada uma nova aliança. Existem algumas profecias sobre o nascimento de um Messias, que seria o condutor do povo judeu para a supremacia política e econômica, no mundo.
Vamos citar apenas três passagens, mas as localizaremos mais adiante. Moisés afirma que Jeová enviará um profeta igual ou maior que ele. Isaías fala de uma virgem que conceberá e dará a luz a uma criança, que se chamará Emmanuel (Deus conosco). Daví escreveu um salmo (Salmo do Messias – salmo 22) 700 anos antes de Cristo e que Jesus teria orado este salmo na agonia da morte. O Salmo começa assim: Heli, Heli, lema sabachthami. Pai, Pai, por que me desamparaste? Muitos cristãos colocam em dúvida essa passagem porque consideram Jesus um Deus ou semideus, ou no mínimo um super-homem, ele não poderia fraquejar.
Rui Kremer, num artigo para a Revista dos Militares Espíritas -– O Cruzado — afirma que as duas primeiras palavras são hebraicas e as outras duas aramaicas. Marcos dá os vocativos em aramaico: Helahi, Helahi, mas só transcreve a pronúncia: Elôi, Elôi.
Rui Kremer é de opinião que Jesus recitou todo o salmo, pois as palavras Está consumado, se refere, também, ao Salmo do Messias, são as suas últimas palavras. Tetélestai (foi realizado, está consumado) Segundo Rui Kremer o Salmo 22 no início é de desespero, mas no final é de fé, e esperança entusiástica.
A verdade é que todas as vezes que a nação dos hebreus era submetida, a esperança do nascimento do Messias tornava-se uma ansiedade nacional. Lembremos que o Pompeu, General romano, invadiu a Palestina no ano 63 a.C., ocupando militarmente Jerusalém, impondo um governo militar. Instalou seu Quartel General numa das torres do Templo e ali hasteou a Águia Romana, o que era uma afronta para os judeus, como um espinho enterrado na carne.
Da Torre Antônia, onde estavam aquartelados, os soldados romanos tinha visão total do Templo e da cidade. O Templo, mandado edificar por Herodes, o Grande, ainda não estava terminado ao tempo de Jesus. Ele era bem maior que o Templo original, construído por Salomão. (ver as medidas no adendo, nas páginas finais)
As profecias não diziam quando o Messias nasceria, mas apenas que ele nasceria. Jesus, obedecendo uma das profecias, entrou em Jerusalém montado num jumentinho, conforme disse o profeta: Alegra-te filha de Sião, seu rei vem a ti montado num jumentinho...
O nascimento de Jesus foi cercado, posteriormente, de muito misticismo e piedosas lendas, a começar pela aparição do Anjo Gabriel à Maria, anunciando a gravidez milagrosa e o nascimento virginal. Sabemos que tudo isto, inclusive a estrela que surgiu no oriente, os Reis Magos, o nascimento numa estrebaria, tem significados profundos nas doutrinas secretas, (esotéricas), mas não vamos detalhar, porque a nossa intenção é mais objetiva, embora em algumas passagens façamos incursões esotéricas.
Contudo, vamos examinar levemente alguns pontos. A concepção virginal e milagrosa não tem sustentação. Aceitar essa teoria é aceitar que Deus fez leis e depois as contrariou. Ora, o argumento de que Deus pode fazer o que ele quiser, portanto, pode permitir um nascimento fora das leis biológicas do planeta, é insustentável. Como Jesus foi o primogênito, sua mãe, como qualquer outra mulher judia, era considerada virgem, até o nascimento do primogênito.
Muitas pessoas, mesmo espírita, se espantam quando se fala que José e Maria tinham relações sexuais como qualquer casal que se ama. Porém, herdamos o conceito judaico cristão da impureza sexual, por isso não admitem essa possibilidade. Para elas, sexo é bandalheira, é coisa suja. O sexo é criação divina, e se há conspurcação, essa está na cabeça das pessoas.
Já ouvimos de estudiosos do Evangelho que os espíritos superiores teriam feito uma inseminação artificial em Maria, colocando um gameta masculino em seu útero. De outra pessoa ouvimos que quem teria procedido essa inseminação, foram os extraterrestres. Nada contra. É uma teoria como as outras, mas preferimos a naturalidade do conúbio sexual, realizado com muito amor e respeito.
Um ponto crucial do cenário em que nasceu Jesus, é a estrela que teria guiado os reis magos até Belém. Teria existido essa estrela que andaria à frente dos Magos? Há uma teoria de que a grande estrela seria o resultado da conjunção de três planetas. A posição quase linear dos três astros formaria uma grande estrela. Os astrônomo afirmam que houve essa conjunção na época atribuída ao nascimento de Jesus. Outros estudiosos contestam. Uma parte está facilmente explicada, mas resta a questão da estrela andar à frente dos Magos..
Segundo alguns autores, os Magos seriam iniciados de grande sabedoria, e que tinham os cálculos do nascimento de um grande espírito, mas não há provas de que tenham ido a Belém ou a qualquer lugar onde Jesus pudesse ter nascido. Os nomes pelos quais são conhecidos: Melchior, Gaspar e Baltazar, foram dados a eles 700 anos depois, por um escritor inglês chamado Beda. A tradição cristã ocidental limita-os a três, porém a igreja Síria e Armênia afirmam que eram doze.
Este episódio suscita uma questão muito importante: a matança dos inocentes, que examinaremos um pouco mais à frente, depois do nascimento.
Para um melhor entendimento, vamos examinar a história. Com a morte de Herodes, O Grande, sucedeu-o o seu filho Arquelau, e na Páscoa do ano 4 a. C. houve uma revolta dos judeus porque Arquelau não concordou em destituir o Sumo Sacerdote Joazar. Consta que morreram 3.000 pessoas. Roma, então, dividiu o poder de Arquelau, que ficou reinando sobre a Judéia, a Samaria e a Iduméia. Herodes Antipas ficou com a Galiléia e a Peréia. Filipo, ficou reinando sobre a Batanéa e Traconítide. E Salomé, irmã de Herodes, governou Jamnia, Azoto e Fazelis. Herodes governou de 4 a. C. a 39 d. C. Era cínico, ambicioso e sensual.
Herodes, o Grande, foi nomeado Rei da Judéia pelo Senado Romano em 37 a.C. – era perverso e depravado. Ele foi um títere nas mãos dos romanos. Jonh Drane afirma que a sua ascensão ao poder foi através de intrigas e brutalidades. Sua personalidade era uma combinação de brilho diplomático, com uma estupidez quase inacreditável. Os seus adversários políticos podiam contar com uma morte brutal. Ele matou uma das suas esposa e envolveu-se no assassinato de dois filhos, Alexandre e Aristóbulo. Cinco dias antes da sua morte, ordenou a execução de outro filho, Antípater, que seria o seu sucessor no trono.
A seu favor tem o fato de ter mantido a paz em todo o território, e realizou muitas construções. Foi Herodes, O Grande que iniciou a construção do Templo de Jerusalém. Ele construiu esplendidos edifícios em Jerusalém, Cesaréia e até em cidades fora da sua jurisdição.
No ano 6 d.C. tornou-se a Judéia uma província de terceiro grau, governada por um oficial da classe superior da ordem eqüestre, que ficava sob o comando do Governo Militar da Síria. Posteriormente os governadores militares romanos da Judéia passaram a ser chamados "procuradores". Foram vários os procuradores romanos na Judéia, e Poncio Pilatos, o mais famoso de todos eles, devido o episódio com Jesus, sucedeu Grato e foi procurador de 26 a 36 da Era Cristã.
Todas essas informações podem parecer irrelevante, contudo, o que procuramos é a verdade histórica.
As seitas religiosas eram: Fariseus, Saduceus e Zelotas. Além disso havia o Templo, as Sinagogas e o Sinédrio, mas detalharemos no momento em que aparecerem em nossa história.
Obs. Os quatro evangelhos constituem a Vulgata Latina. O Papa Dâmaso incumbiu Jerônimo, que depois foi canonizado, a escolher os textos que seriam consagrados pela igreja. Mesmo assim, o texto não é o definitivo. Embora oficializado pelo Concílio ecumênico de Trento em 1546, dois Papas fizeram modificações. Sixto V – foi Papa entre 1585 a 1590, declarou o trabalho de Jerônimo insuficiente e errôneo, determinou uma revisão em 1590. A revisão que trazia seu nome foi revisada mais uma vez, por ordem de Clemente VIII – que pontificou de 1592 a 1605. Desde então tem sido chamada de Vulgata Sixto-Clementina. Os texto atribuídos a Marcos, o mais antigo, Mateus, Lucas e João, possivelmente foram escritos por outras pessoas, baseadas nas memórias deles. Os textos bíblicos foram escritos sem sinais de pontuação e as palavras se achavam emendadas. Usava-se apenas letras maiúsculas e não existia divisões em capítulos e versículos. As letras minúsculas começaram a ser usadas no século sexto da nossa era. A separação das palavras só no século IX. O primeiro a repartir os livros em capítulos foi o Cardeal Etephen Langton, arcebispo de Cantuária – Inglaterra – em 1214. A divisão dos capítulos em versículos foi introduzida em 1527, pelo dominicano Saintes Pagnino nos livros do Velho Testamento. Foi só em 1551 que o impressor francês Robert Étiene estendeu-a também ao Novo Testamento.
Os Evangelhos atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas são denominados Sinopticos, o que quer dizer que podem ser abrangidos num só golpe de vista. O de João é o Evangelho Pneumático (pneuma = espírito — Evangelho espiritual)
Mateus teria escrito baseado nos escritos de Marcos, que era tradutor dos discursos de Pedro, aos que não entendiam o aramaico, (Pedro só falava este idioma), e também nas suas anotações dos ensinos de Jesus. Fica claro que Mateus escreveu para os judeus da diáspora, pois é o que mais cita o Velho Testamento.
Lucas afirma que existia muitas histórias sobre Jesus, a quem ele não conheceu. Deve ter se baseado nessas histórias e também no relato de Marcos.
Acredita-se que os Evangelhos foram escritos após a morte de Paulo de Tarso.
(Observações baseadas em Pinheiro Martins – História da Formação do Novo Testamento)
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