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 Capítulo XV - O Bom Samaritano - Marta e Maria

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: Capítulo XV - O Bom Samaritano - Marta e Maria   Capítulo XV - O Bom Samaritano - Marta e Maria Icon_minitimeSeg Mar 10, 2008 12:04 pm

Estudo Dinâmico do Evangelho


Segunda edição

Amílcar Del Chiaro Filho

Capítulo XV - O Bom Samaritano - Marta e Maria


A Parábola do Bom Samaritano é privativa de Lucas, que narra no capítulo 10:25-37, é de uma beleza ímpar. A Parábola é simples e incisiva. Vejamos o que podemos entender da sua parte oculta.
Primeiro, vejamos a explicação de Pastorino sobre os doutores da lei e os escribas: eram excelentes discutidores, pois conheciam profundamente as escrituras. Costumavam fazer perguntas para embaraçar os interlocutores, e esta foi a técnica empregada pelo doutor da lei (legalista), tentando confundir Jesus. Este, muito sábio, devolve a pergunta de forma direta. Vejamos:
– Mestre, o que farei para herdar a vida eterna (imanente)?
– Na lei, como está escrito? Como lês? – pergunta Jesus.
Após a citação da lei pelo Doutor, Jesus enfatiza:
– Faze isto e viverá.
Mas o Doutor da Lei não se dá por vencido. Não podia, Era muita humilhação. Ele era um Doutor e Jesus um carpinteiro, por isso ele dispara:
– Quem é o meu próximo?
A pergunta tinha razão de ser, porque os judeus consideravam seus próximos, os pais, os filhos, os parentes, os da mesma religião, os da mesma raça, nesta ordem. Os pagãos, os samaritanos não eram próximos, mas adversários. Diante desta nova pergunta, Jesus contou a parábola. Contudo, é bom ressaltar que Jerusalém está há 800 metros acima do nível do mar. Jericó, 250 metros abaixo. Jerusalém era a capital religiosa (espiritual), Jericó a capital comercial. (interesses materiais). Podemos deduzir facilmente que subir a Jerusalém é elevar as vibrações. Descer a Jericó é abaixar as vibrações,
Terminada a parábola, é Jesus que profliga:
– Qual dos três foi o próximo daquele homem?
O Doutor da lei, para não capitular inteiramente, respondeu de forma indireta: – O que usou de misericórdia para com ele.
Jesus arrematou: – Vai também tu e faze o mesmo.
Pastorino dá uma bela explicação dizendo que aqueles assaltados pelas paixões violentas, vícios (salteadores) que lhe roubaram as qualidades positivas (saúde) e o deixaram intranqüilo, desesperançado (caído – chagado) – não são as religiões organizadas (sacerdotes) , nem os companheiros de jornada (levitas) que poderão ajudá-lo devidamente, porque, também estão adormecidos. Só alguém que já despertou para a vida maior do espírito (alma vigilante — samaritano) , é capaz de prestar-lhe socorro eficiente. Ele derramará sobre as suas feridas o óleo (bálsamo do conforto e consolação, e o vinho (explicações espirituais) e levá-lo-á à meditação ao lado de um mestre (hospedeiro) para libertar-se dos efeitos nocivos dos vícios. Aprenderá a evitar os perigosos caminhos do mundo, infestado de gozos e paixões brutais. (ladrões e salteadores).
.Outra passagem muito bonita, que é, também, privativa de Lucas, Capítulo 10:38-42 é a visita de Jesus a Betânia, para visitar Marta e Maria, irmãs de Lázaro, que mais tarde ele despertaria de um sono cataléptico. O ensinamento é bem claro, e a dicotomia, interesses materiais X interesses espirituais, é muito interessante.
Marta está na horizontalidade, fixada nos interesses materiais, de como cuidar da casa, providenciar suprimentos, preparar as refeições, trabalhar e outras coisas do gênero. (o que não tem nada de condenável quando realizado com honestidade). Maria está na verticalidade. Sua aspiração é a comunhão com a Divindade, O aprendizado superior junto ao Mestre. Ela escolheu a melhor parte e ninguém vai tirar dela. Esta sentença de Jesus é muito clara. Esta advertência deveria soar até hoje em nossos ouvidos: Marta, Marta, você corre atrás de muitas coisas é uma só necessária.
A passagem deixa a impressão que a vida contemplativa é mais importante que a vida de ação. Embora seja importante, acreditamos que o aprendizado se completa na ação. Não basta apenas ouvir o Mestre e ficar extático, é preciso praticar o que ele ensina.
Jesus aproveitou o regresso dos 72 para passar alguns ensinamentos extraordinários. Ver Mateus 11:25-30 completado em 13:16-17 — Lucas 10:17-24. Jesus dá graças ao Pai por revelar as coisas do espírito aos simples e pequeninos e ocultar aos doutos e prudentes. É preciso convir que Jesus se refere aos humildes, simples e não aos ignorantes, por que o Reino dos céus não é um reino de obtusos, mas de humildes. Os doutos e intelectuais tem dificuldades para aceitar os ensinamentos de Jesus por causa da vaidade intelectual. Logicamente, não podemos generalizar, existem muitos intelectuais profundamente ligados aos ensinamentos de Jesus, através de diferentes rótulos.
Em O Cristo Consolador – Mateus 11:28-30 – Jesus de Nazaré faz um convite aos aflitos e sobrecarregados, convidando-os a tomar sobre si o seu jugo. O convite é pleno de ternura e amor, para aqueles que sabem que são imortais que não tem dúvidas sobre a vida futura.
Allan Kardec, num comentário curto e primoroso, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, afirma que o homem que simplesmente duvida, já tem em si causa de sofrimento. A dor pesa com todo o seu peso. Diz Kardec — Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de entes queridos, encontram sua consolação na fé no futuro e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. ( ver Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. VI)
A respeito do jugo a que Jesus se refere, era uma expressão habitual entre os judeus, explica Pastorino. Exemplo: o jugo da Torá. O jugo dos mandamentos. O jugo da carne e do sangue. Quanto a Fardo, havia a expressão: O fardo da Lei.
Era natural que o Rabi usasse expressões comuns ao povo, como usava seus costumes e ocupações, como a vida agro-pastoril, a pesca, etc.
Da passagem do retorno dos enviados, queremos destacar que os 72 foram iniciados na Doutrina de Jesus pelos 12 discípulos do Mestre. E por sua vez, os 72 iniciariam mais 12 cada um.
Lucas 11:24-26 e Mateus 12:43-45 narram uma parábola que poderia ser intitulada Hóspede e Hospedeiro. Um hóspede (espírito obsessor) e um hospedeiro (obsedado) – que apesar de beneficiados nada fizeram para se melhorarem, mantendo-se ambos fúteis , vaidosos indiferentes, viciosos, recaíram na mesma situação.
O hóspede, expulso da casa mental por intervenção de terceiros, saiu a procura de outra pessoa para vampirizar (explorar), mas não conseguido afinidade igual, voltou para verificar a antiga moradia e viu que poderia retornar. Contudo, não querendo ser expulso novamente, trouxe consigo mais 7 obsessores piores do que ele, e todos passaram a habitar a casa mental do hospedeiro, e o último estado do homem passou a ser pior do que o primeiro.
Encontramos essa situação, muitas vezes, em centros espíritas, onde as muitas pessoas são desobsedadas, mas não modificam o seu íntimo, não corrigem os seus defeitos, resultando no retorno do obsessor, se este não se transformou também, ou de outros espíritos, por encontrar uma casa vazia, sem defesas.
Pastorino coloca que a casa varrida e adornada representa o progresso do obsedado, que reequilibrou as suas emoções, livrou-se da projeção mental do obsessor. Este, encontrando dificuldades para adentrar a casa mental do seu desafeto, vai buscar auxílio junto a espíritos piores do que ele. O obsessor prende-se aos sete por lhes ficar devendo um favor, o que será cobrado. (é a mesma situação de quem procura um macumbeiro para prejudicar alguém – o que encomenda o trabalho fica devendo ao macumbeiro e aos espíritos que o realizaram, e será cobrado oportunamente).
Outra dedução importante que podemos tirar desta passagem, é a necessidade de se tomar certos cuidados com a nossa casa mental. Assim como cuidamos da nossa residência arejando-a, varrendo-a, lavando-a, eliminando insetos nocivos, deixando o sol entrar abundantemente, precisamos cuidar da Casa do Espírito (Mente), arejando as idéias, fazendo a limpeza espiritual, livrando-nos do lixo mental, deixando o sol da prece e do estudo iluminar e aquecer o ambiente. Desta forma nenhum obsessor poderá invadir a nossa casa mental.
Na Parábola das Dez Virgens, nossa base é Huberto Rohden, de mistura com as nossa próprias observações. A explicação de Rohdem é muito interessante e não conflita com o Espiritismo, exceto num ponto fundamental que veremos mais à frente, a questão da morte do espírito.
Rohden começa por dividir a humanidade como as 10 virgens. A metade tem esse combustível misterioso, essa luz potencial, que pode a qualquer momento transformar-se em luz atual, atualizar-se. São aqueles que possuem receptividade espiritual, mesmo que pareçam estarem dormindo, porque estão espiritualmente em vigília. Estão com as suas lâmpadas cheias de óleo, prontas para serem incendiadas. A outra metade dorme física e espiritualmente, e tem as suas candeias vazias.
Rohden fala do pecado e do pecador, afirmando que o pecador, ainda cego, não percebe as suas trevas ou a consciência do seu pecado. Ao despertar a sua consciência ele está no inferno consciencial. Diz Rohden: a vinda do esposo é o momento que o pecado gostoso, passa a ser doloroso.
Rohden explica que as virgens néscias mostraram toda a sua tolice ao pedir o óleo das virgens prudentes, porque a experiência divina, a consciência cósmica, não pode ser dividida. Essas coisas são conquistas e não dádivas, por isso não podem ser usurpadas ou contrabandeadas.
Ninguém pode penetrar em regiões superiores sem estar preparado, sem ter conquistado essa condição. Aceitemos por instantes o céu e o inferno: o céu seria um inferno para os espíritos atrasados, assim como o inferno pode estar de acordo com a sua pouca evolução, seria um céu.
Rohden utiliza um exemplo simples; um homem boçal que se visse subitamente numa roda de intelectuais falando em Bethoven, Verdi, Chopin, Dante, Wagner, Mozart, Shakespeare... Quanto tempo ele suportaria esse céu intelectual. Não ficaria ardendo de vontade de retornar ao seu ambiente?
Quem busca Deus fora de si mesmo não o encontrará. Só pode receber quem tem; quem nada tem, nada poderá receber.
Ao lhes ser negado o azeite pelas virgens prudentes, as tolas foram em busca desta fabulosa experiência. Diz Rohden que ao retornarem para o esposo, o ciclo evolutivo havia terminado, e elas tiveram que esperar o início de um novo, mas aqueles que se deixarem escoar todos os ciclos e continuar na sua consciente oposição a Deus, inicia a sua trágica desintegração. ESTE É O PONTO QUE NÃO CONCORDAMOS E NOS REFERIMOS A ELE NO INÌCIO DESTA ABORDAGEM, porque nenhum espírito resistirá eternamente à sua transformação.
As virgens tolas dizem: nossas lâmpadas se apagam. Elas acendem, mas apagam. É uma chama intermitente. Quando a lâmpada da razão se enche com o óleo, a luz permanece serena, tranqüila, amiga, como um dia de verão, pleno de luz solar.
Acreditamos que podemos aproveitar os ensinamentos de Rohden que os espíritos de um determinado globo, como o nosso, que forem remanejados para mundos primitivos, estarão iniciando um novo ciclo evolutivo, que se não for aproveitado, se repetirá, muitos milênios depois, num novo remanejamento.
Outra observação que fazemos é que, quem tem as suas lamparinas cheias de azeite e acesas, não podem dar do seu azeite aos que não tem, mas pode incendiar outra lamparina. Isto é: uma chama acesa pode acender o pavio de outra lamparina, o que quer dizer que a fé, o entusiasmo (Deus dentro de si) o dinamismo, a coragem que estiverem apagados dentro do coração do outro, podem ser incendiados por nós.
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