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 FENÔMENOS DE TRANSPORTE

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: FENÔMENOS DE TRANSPORTE   FENÔMENOS DE TRANSPORTE Icon_minitimeQua Mar 12, 2008 4:34 am

FENÔMENOS DE TRANSPORTE


CATEGORIA
Transportes a pedido ou em que se encontram modalidades de produção que excluem toda possibilidade de fraude



Casos III e IV

Não é demais lembrar que os fenômenos de transporte, como todas as outras categorias de manifes­tações supra normais hoje investigadas com método experimen­tal, se produziram através dos séculos e no meio de qualquer povo: civilizado, bárbaro e selvagem, bem como sempre por intermédio de indivíduos especiais denominados Iogue na índia; Mago nos antigos impérios orientais, na Grécia e em Roma; Feiticeiro na Idade-média e Médico-feiticeiro nas tribos selvagens
Não é o caso de estender-me a citar episódios do gênero, tendo em vista que, com a presente monografia, não me propus a fazer um resumo histórico da fenomenologia em questão, mas a recolher um número adequado de casos de transportes obtidos em condições de produção que exclua a hipótese de fraude. Limito-me, portanto, a fornecer apenas dois exemplos de fenômenos de transportes obtidos, a pedido, com iogues indianos.

A Sra. Annie Besant, a conhecida Presidente da Sociedade Teosófica, tratando, num longo estudo publicado nos Annales Psychiques (1906, págs. 657/73) das iogues indianos e dos métodos pelos quais chegam a adquirir facul­dades supranormais, alude a experiências de tal natureza, executadas, em sua presença, por um deles.

Escreve ela:

Ele estava quase nu, detalhe da máxima importância quando se trata de fenômenos de transporte. Efetivamente, não tinha bolsos onde pudesse ocultar objetos e todas as suas vestes consistiam em uma faixa de tela em redor dos rins. As pernas e o tronco todo, da cintura a cabeça, esta­vam completamente nus.

Quanto aos utensílios empregados, consistiam eles em uma mesinha por nós mesmos fornecida, uma caixinha de duas tampas que pôs em nossas mãos e foi por nós minuciosa e longamente examinados, conquanto se tratasse de um trabalho rápido, e uma garrafa ordinária, contendo um líquido claro em tudo semelhante à água, mas que a meu ver, não era água pura.

Tomamos lugar em volta dele. Por um momento olhou os convidados, um após outro, com olhar penetrante e, quan­do chegou a minha vez, me examinou com o máximo interesse para depois observar-me: Tende cuidado em não me interromper e, sobretudo, não façais oposição durante as operações. Prometi-lhe que me manteria totalmente passivo, a respeito do que devo fazer notar que também eu praticara a disciplina Ioga, razão pela qual julgo que aquele homem percebera que eu lhe poderia fazer oposição, se qui­sesse

Então ele pediu: Designai-me os objetos que quereis que eu vos traga. O meu espírito elemental os fará chegar a esta caixa. Alguém lhe perguntou se poderiam obter coisas de países muito afastados e ele respondeu: Posso, se tratar da Índia, mas já não me será possível fazê-lo de países de além-mar. Havia, pois, limites ao seu poder.

Então um de nós observou: A cem milhas daqui há uma cidadezinha onde são fabricadas certas balas, absolutamente especiais da índia. Trazei-nos, pois, algumas delas.

Era de manhã e aquele homem sentou-se no meio de nós, em plena luz do dia. Pouco depois ele abriu a caixinha e se pôs a esvaziá-la com ambas as mãos, atirando sobre a mesinha as balas pedidas e delas fez logo um monte mais alto do que a caixinha. Perguntou-se-lhe de onde brotava aquela torrente e ele respondeu que quem lha trazia era o seu espírito elemental. Tratava-se, precisamente, da es­pécie de balas por nós pedida. Distribuímo-las entre os meninos da povoação, que as saborearam com grande prazer

Estas espécies de experiências, tão dificilmente com­preensíveis por uma mentalidade ocidental, são, ao con­trário, facilmente explicáveis para o indiano, que vos falarão da própria consciência posta em relação com os espíritos elementais

O seguinte episódio, que tira da Revista inglesa The Occult Revtiew (1923, pág. 339), é semelhante ao anterior, porém mais complexo.

A Sra. Josephine Ranson relata que, em breve perma­nência que fez em uma grande povoação situada na base do Himalaia, ali conheceu um jovem iogue que se iniciara, desde a primeira infância e com as mais severas formalidades, nos mistérios da Ioga. E assim prossegue:

Aquele jovem Iogue era absolutamente avesso a fazer alarde de seus poderes mágicos, mas chegamos a con­vencê-lo a realizar alguma coisa para nós, que estávamos sincera e seriamente interessados em tais mistérios.

Ele escolheu uma noite de terça-feira, dia em que ado­rava a sua divindade, e, em conseqüência, possuía, em mais alto grau, faculdades supranormais. Veio a nós diretamente da cerimônia de adoração, estava só e com as vestes reduzidas ao mínimo. Sentou-se no meio de nós a ilumi­nação do ambiente permaneceu como estava, pois formáva­mos um círculo, no soalho, com ele no centro

O moço iogue perguntou que coisa se desejava que ele produzisse. Alguém pedia o transporte de leite quente e então ele pediu ama tigela com água e um chalé, tendo colocado a tigela diante de si, no chão, e a coberto com o chalé. Depois mergulhou a mão direita na água e, quando a retirou, levantou n braço, aspergindo a água no ar com um enérgico gesto dos cinco dedos, que manteve um instante estendido. Enquanto executava o rápido gesto, entoava em sânscrito uma evocação mantral. E sempre evocando a sua divindade, com outro gesto enérgico, levou a mão, a distancia de um pé, sobre a tigela coberta pelo chalé, man­tendo os dedos estendidos e imóveis, em sentido horizontal. Foi então que percebemos o rumor de um líquido que caía dentro da vasilha e logo depois ele retirou o chalé. Verificamos é estupefatos, que a tigela estava dois terços cheia de leite fervido e ainda muito quente.

Após certo tempo, pediu-se o transporte de frutas secas. O iogue pediu um prato que colocou na sua frente, sem cobri-lo com o chalé. Repetiu o rápido gesto da evo­cação e, no momento em que a sua mão voltava a esten­der-se sobre o prato, apareceram no mesmo dois cachos de passas e sultanas secas.

Em seguida, outro de nós pediu o transporte de um melão, conquanto não fosse época de melões no norte da Índia. Não obstante, após a habitual evocação e o gesto que a acompanhava, materializou-se, em sua mão, um grande melão verde. Parecia colhido tão recentemente que corria ainda seiva da haste cortada.

Uma jovem do grupo, a quem não agradaram os doci­nhos indianos, pediu que lhe fossem trazidas doces europeus e, se possível, chocolate. O nosso iogue não conhecia o chocolate, como não conhecia também uma palavra do inglês, pois nunca estivera em relação com europeus antes de nossa chegada. Em todo o caso disse ele que faria o possível para contentá-la, desde que ela lhe explicasse o que era chocolate. A moça experimentou faze-lo, mas evi­dentemente só o conseguiu até certo ponto, porque, quando a evocação e os gestos correspondentes foram executados, materializou-se no prato um notável monte de doces que não era chocolate. Além disso, pareciam de antiga fabri­cação e estavam também poucos limpos, de modo que não se apresentavam com aspecto muito atraente e as senhoras não quiseram prová-los. O nosso iogue, à vista da hesi­tação delas, desculpou-se de sua incapacidade em satisfazer o pedido feito.

Enfim, pediram-se frutas ainda frescas e não tardou a aparecer no prato, sob a influencia das mãos do mago, um monte de maçãs e laranjas de que logo comeram todos fartamente. Restaram algumas, que conservamos enquanto não se estragaram.

Naturalmente que dirigimos muitas perguntas ao iogue acerca da natureza e extensão de seus poderes mágicos. Ele respondeu, com franqueza, a algumas de nossas per­guntas, mas a outras não o fez ou não pode. Achando-nos tão sinceramente interessados, ele observou que poderia ter-se colocado em estado de ver o que acontecia durante a produção dos fenômenos e explicaram que a sua iniciação, com os grandes sacrifícios que ela exigia e a austeridade da vida que levava, lhe tinha conferido autoridade sabre certa categoria de elementais, seres do mundo etéreo que lhe obedeciam à instantânea e cegamente. Acrescentou que, se nos quiséssemos submeter-nos a uma iniciação preparatória, que ele nos explicaria, poderíamos ver o que realmente se produz durante as manifestações. A iniciação preparatória consistia em jejuar, em nutrir-se unicamente de substancia especiais, em concentrar-se na meditação, evitando toda relação com outras pessoas. Tudo isso nos tornaria susce­tíveis de apurar o nosso poder visual a ponto de perceber os seres etéreos que operavam por seu intermédio.

Com referência aos episódios de que tratei nos casos expos­tos, observo, antes do mais, que eles não só foram obtidos, a pedidos como se produziram em plena luz do dia no primeiro caso, e, em aposento normalmente iluminado, no segundo, quando os dois iogues se apresentaram quase nus durante as experiências, três condições de fato que, combinadas, excluem toda 'possibilidade de fraude.

No que se refere aos narradores, saliento que a persona­lidade notabilíssima da Presidente da Sociedade Teosófica exclui de modo categórico, qualquer dúvida acerca da autenticidade de quanto ela afirma ter pessoalmente observado. Quanto a Sra. Josephine Ranson, trata-se da esposa de um oficial supe­rior do exército da índia e o que ela relata concorda exata­mente com o que diz a Sra. Annie Besant.

Voltando aos fenômenos de transporte obtidos, saliento que eles se mostraram indubitavelmente maravilhosas, porém, não mais do que os obtidos experimentalmente no ocidente. Uma circunstância interessante que acontece não raramente entre nós é a de que, quando os transportes devem ser pro­duzidos em plena luz, muitas vezes, mas nem sempre, os médiuns, os iogues e os feiticeiros africanos recorrem à idêntica medida de precaução, a qual consiste em cobrir, com um pano, o recipiente ou espaço em que deve ocorrer o fenômeno ou em se servirem de caixas dentro das quais ele é produzido. Dir-se-ia, em tais circunstâncias, que a obscuridade é indis­pensável para a rematerialização do objeto transportado em condições fluídicas. Nas célebres experiências deste gênero, com a mediunidade da Sra. D'Esperance, experiências, por sua vez feitas com suficiente luz, a personalidade mediúnica Yolanda cobria também, com um pano, o recipiente em que deviam se rematerializar as plantas transportadas. Entretanto, para muitos outros objetos transportados, tais precauções não parecem necessárias e viu-se que o segundo iogue cobrira, com um pano, o recipiente em que devia se produzir o fenômeno do transporte de leite quente, mas não fizera uso dele para outros transportes também maravilhosos. Por quê? Nin­guém o sabe e seria inútil esforçar-se em penetrar no mistério das diferenças existentes entre os objetos materializáveis em plena luz e os que exigem obscuridade. Aos próximos cabe a solução do mistério.

Nos referidos incidentes, curiosa é a circunstância do iogue, ignorando o que fosse chocolate, esforçar-se, como Fade, para satisfazer o desejo expresso pela moça, conseguindo-o apenas em aparência, o que não impediu que o fenômeno obtido fosse igualmente interessante e talvez ainda mais do ponto de vista teórico, pois que subentende no médium, ou, se quiser em quem por ele operava uma faculdade de pesquisa supra­normal maravilhosa e ao mesmo tempo limitada pelas indica­ções do médium.

Saliento ainda que, como no caso da Sra. Annie Besant como no da Sra. Josephine Ranson, os iogues afirmaram que os transportes foram obtidos com o auxílio de espíritos ele­mentais, submetidos às suas volições, com o detalhe de que eles dizem percebê-los em trabalho, acrescentando que também os assistentes poderiam chegar a vislumbrá-los se submetes­sem às praticas disciplinares indispensáveis. Em suma, pode­ria tratar-se ai visualizações puramente subjetivas e alucina­tórias, mas... Poderia também ser que assim não fosse.
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