ENTENDIMENTO ESPIRITA
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 IDOSOS NA FAMILIA

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: IDOSOS NA FAMILIA   IDOSOS NA FAMILIA Icon_minitimeSáb Mar 15, 2008 10:05 am

Ronaldo e Célia têm mais de setenta anos. Tiveram sete filhos e os educaram dentro dos princípios cristãos, nos os quais pautaram suas vidas. Ambos gozam de boa saúde, muito embora tomem alguns remédios típicos da idade.

Ela sempre trabalhou em casa e ele se aposentou aos sessenta e seis anos, após trabalhar por trinta e cinco anos como gerente de um depósito de cereais. Nunca foram pobres nem ricos. Sempre viveram de suas economias.

Os filhos cresceram e cada um tomou seu rumo, exceto uma das filhas que voltou para casa com dois filhos, por ter se separado e não ter como se manter sozinha.

Seus pais se viram na contingência de acolher a filha e os netos. Muito embora a casa comportasse todo mundo, as economias domésticas não eram suficientes para cobrir as novas despesas.

Os outros filhos, nos finais de semana, visitavam os pais e traziam a prole enchendo mais ainda a casa. Ronaldo e Célia tinham o maior prazer em acolher todos os filhos e netos, mas não estavam suportando as despesas e o trabalho que tinham com arrumação, limpeza e as traquinagens dos pequenos.
Não sabiam como colocar para os filhos a situação. Dos sete filhos, duas eram mulheres que, acostumadas ao hábito materno de ir para a cozinha, pouco ajudavam. As noras, sob pretexto de não invadirem o espaço da sogra, também não colaboravam muito. As queixas se limitavam de um para o outro.

Muitas vezes ele reclamava com ela pelo fato dos filhos não lhe darem atenção. Dizia que eles só se preocupavam com o que comer. Às vezes, fingia que não estava se sentindo bem para que os filhos não fossem e poupassem a mulher de tanto trabalho.

Sentia-se relegado ao abandono pelos filhos, mesmo lhes recebendo visitas semanais.

A psiquê do idoso se encontra num nível de saturação psíquica que necessita de alívio constante por parte daqueles que lhes assistem. Os processos psicológicos em que se envolveu durante sua encarnação, os quais geraram repressões e tensões dos mais diversos tipos, sobrecarregaram a psiquê, que precisa de tranqüilidade e descanso para suportar uma desencarnação o menos traumática possível, do ponto de vista psicológico.

O ego se encontra de tal forma enrijecido em seus procedimentos e padrões cristalizados ao longo da vida, que se torna quase impossível qualquer mudança ou transformação efetiva.

A psiquê por se encontrar sintonizada com o corpo, acomoda-se à espera da desagregação celular como um alívio para seu cansaço mental. Sua criatividade será exceção, tendo em vista o domínio que certas preocupações passam a ter na consciência.

Na maioria dos idosos a melancolia, as mágoas, as queixas e lamentações impedem o livre exercício do ato de pensar.

Tornam-se prisioneiros de seu passado, que se configura como um complexo, o qual rouba energia da consciência. Vive envolvido em suas lembranças tendo em vista o desinteresse pelo momento que vive e pelo pouco caso que as pessoas demonstram, na maioria das vezes, para com eles. A sombra , via de regra, poderá ser adequadamente assumida, caso uma de suas personas não lhe tenha tomado demasiadamente a consciência.

Para que a velhice não lhe venha a ser um peso e a consciência não se sobrecarregue com preocupações desnecessárias, devem os filhos assumir o lugar de pai e mãe deles, quando necessitem, provendo-lhes do melhor que puderem.

Ao chegar à idade do corpo físico na qual o espírito se considera e é chamado de idoso, ele se coloca geralmente numa postura de quem pretende ser atendido em suas necessidades e reconhecido em seus valores. Nem sempre isso ocorre em família, pois geralmente cada pessoa está preocupada consigo e com seu próprio futuro. A maioria acha que o idoso já viveu o que tinha que viver. Às vezes, pode-se encontrar filhos que desprezam seus pais quando eles alcançam aquele estágio de vida.

O reconhecimento que se pode atribuir ao idoso geralmente é deslocado para seus filhos ou seus descendentes. Ele geralmente é relegado a um plano no qual não restam alternativas senão esperar a morte.

Pelo acúmulo de conteúdos inconscientes o idoso é alguém que geralmente possui muito a desabafar. Nem sempre porém ele encontra interlocutor. Por esse motivo prefere, às vezes, falar sozinho ou viver de suas recordações.

A família deve ter um cuidado especial quanto ao idoso.

Abandoná-lo ou colocá-lo num asilo quando se possa cuidar dele é faltar com a caridade.

Nossos pais idosos são espelhos de nosso futuro. Merecem, mesmo que não tenham conseguido corresponder a isso, todo nosso respeito e cuidados possíveis.

Trata-se de um espírito que está na iminência de retornar à sua verdadeira morada e necessita, para isso, de tranqüilidade e paz. Quanto mais favorecermos seu estado psíquico de tranqüilidade e harmonia, melhor será para ele seu retorno e para os que ficaram. Seu bom estado na idade de idoso como também após seu desencarne permitirá a emanação de vibrações benéficas a todos no ambiente da casa.

Os cuidados que um idoso requer, os quais de certa forma podem parecer penosos para alguns, possibilitam a quem lhe é responsável o exercício da paciência e da tolerância. Mesmo que o idoso seja mal agradecido, não reconhecendo o que façam, valem a pena os esforços em lhe dispensar cuidados.

Devem os filhos tudo fazer para tornar a vida do idoso mais agradável, proporcionando-lhe satisfação e alegrias para que cumpra sua encarnação e o que lhe resta dela sem tristezas ou depressões. Os filhos têm o dever de amparar seus pais na velhice sem lhes cobrar nada, mesmo que não tenham sido bons pais.
A terceira idade é assim chamada quando as pessoas ultrapassam aproximadamente os sessenta e cinco anos e já não têm os mesmos compromissos típicos das idades anteriores, como: trabalho, educação de filhos, busca de identidade pessoal, dentre outros. Geralmente estão buscando usufruir o que conquistaram até então.

Não raro, encontramos casais, os quais com o passar dos anos de convivência, apresentam uma certa hostilidade incompreensível para aqueles que não lhes conhecem a intimidade.

Mágoas e raivas acumuladas por muitos anos, em dado período afloram, como se toda a vida do casal tivesse aquele formato contencioso. Parece que todas as insatisfações da vida são descarregadas no outro.

continua
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MensagemAssunto: IDOSOS NA FAMILIA   IDOSOS NA FAMILIA Icon_minitimeSáb Mar 15, 2008 10:38 am

continuação

Evitam-se, não se cumprimentam ou o fazem friamente, dormem em camas ou quartos separados, falam mal um do outro para terceiros, reprisam antigas acusações, guardam velhas mágoas, acreditam que o outro o controla, culpam um ao outro pelos insucessos dos filhos, descarregam a sombra pessoal no outro, enfim: o outro é seu inferno e sua desdita. Muitas vezes as causas se somam e não se devem apenas a um fato isolado. Uma ocorrência pode ser apenas a gota d’água. Às vezes, o casal envolve os filhos na contenda buscando, um e outro, aliados em suas reclamações para fazer valer as alegações contra o cônjuge.

Às vezes, os filhos não sabem o que fazer. Tentam contemporizar para evitar um mal maior. Seus pais se odeiam e eles não sabem como agir. Por vezes, inadequadamente, evitam até a visita à casa dos pais para não presenciar brigas ou ouvir lamentações repetitivas que já não suportam mais.

Quando são espíritas pensam em obsessão. Outros pensam que é esclerose, buscando, quando não esquecem os pais, na maioria dos casos, auxílio médico e espiritual. A terceira idade, que deveria ser a melhor idade, torna-se o pior da idade.

Muitos filhos não têm paciência com seus pais idosos.
Acham que a conversa deles não é mais agradável e que não vivem mais a realidade. Dizem que o tempo deles já passou. Não lhes dão ouvidos às ponderações por achá-las ultrapassadas. Nem sempre lhes abraçam ou beijam-lhes em cumprimento ou em momentos diários.

Talvez achem que eles não precisam de carinho ou atenção.

Quando adoecem deixam que apenas um dos filhos, aquele que ‘tem mais jeito’, tome conta. Nem sempre querem levá-los ao médico. Dizem que não têm tempo, pois são muito ocupados.

Pobres pais cujos filhos não lhes dão atenção nem lhes retribuem o que receberam na vida. Pobres filhos

Tolerância, paciência e amor, eis o que precisa o idoso, assim como qualquer ser humano

“Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.”47
Ao proferir essas palavras o Cristo demonstrava ter consciência plena de suas responsabilidades e de sua missão entre aquelas pessoas. Sua sabedoria transcendia o lugar comum daqueles que ali estavam lhe ouvindo. Era Mestre e obteve respeito dos outros pelo que falava e fazia.

Aquele respeito obteve por si mesmo, pelo que era e por sua vida, embora jovem, dedicada ao trabalho e à pregação das leis de Deus.

Os mais velhos, não só pelos cabelos brancos, mas pela experiência de vida e pela proximidade da morte, possuem natural sabedoria. Merecem sempre respeito.

Nossos pais merecem respeito pelo exercício do viver, pelo amor que dedicam a seus filhos, pelo silêncio que sabem fazer, pela renúncia de que são e foram capazes e pela alegria íntima que sentem quando vêem seus filhos felizes.

Quando, porventura, aqueles que entrarem numa família, no papel de enteado, genro, nora, cunhado ou outro qualquer, e participem de sua convivência, é de bom alvitre que lhe respeite as opiniões, não apontando qualquer defeito. O novo integrante que chega deve respeitar quem lutou e trabalhou pela existência daquela família.
Todos que se sintam com autoridade e com conhecimentos além daqueles que a maioria possui, têm o dever de demonstrá-los nas atitudes e na humildade no convívio. Quem sabe mais deve tolerar quem sabe menos. Quem ama mais deve perdoar quem ama menos.

O idoso merece, quando seu momento chegar, a melhor desencarnação possível. E nunca a deve ter antecipada sob pretexto algum.

47 Lucas 4:21.
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