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 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA   A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA Icon_minitimeTer Mar 25, 2008 4:08 am

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA


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SUMÁRIO:
1. Introdução. 2. Conceito. 3. Histórico. 4. Como se Aprende: 4.1. Aprendizagem; 4.2. Informação e Comunicação; 4.3. O Que é Aprender? 5. Como se Ensina: 5.1. Tipos de Ensino; 5.2. O Que é Ensinar?; 5.3. Cursos e não Cursos. 6. O Ensino no Centro Espírita: 6.1. Doutrina Espírita; 6.2. Os Cursos; 6.3. Lembretes aos Divulgadores da Doutrina Espírita. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é realçar o valor inestimável do ensino na Casa Espírita. Para tanto, analisaremos o crescimento espiritual de seus freqüentadores através do binômino ensino-aprendizagem. Assim sendo, conversaremos sobre como se aprende, como se ensina e o ensino dentro de um Centro Espírita.
2. CONCEITO
Importância. De importar + ância significa grande valor, mérito, interesse.
Ensino - do lat. “in + signare” = marcar com um sinal - significa transmissão de conhecimentos, de informações ou de conhecimentos úteis ou indispensáveis à educação ou a um fim determinado.
Centro Espírita é escola de formação espiritual e moral, núcleo de estudo, recanto de paz construtiva, santuário de prece e de trabalho, local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores e, revivendo o Cristianismo, é um lar de solidariedade humana em que os irmãos mais fortes são apoio aos mais fracos e em que os mais felizes são trazidos ao amparo dos que gemem sob o infortúnio. (Espiritismo de A a Z)
3. HISTÓRICO
Numa análise histórica da educação, que segue o seu curso desde a China Milenar, passando pelo “berço da civilização ocidental” na Grécia, estagiando na Escolástica da Idade Média, inserindo-se no Iluminismo e no desenvolvimento das ciências na época mais recente deparamo-nos, para fins específicos de nosso estudo, nas figuras de J. J. Rousseau, Pestalozzi e Allan Kardec. Jean Jacques Rousseau, famoso pelo seu livro “O Contrato Social”, escreve em 1762 a obra “Emílio ou da Educação”, também cognominada de cartilha da infância. Este livro é uma crítica ao modelo de educação vigente na época, ou seja, de fora para dentro, autoritário, do tipo magister dixit (o mestre (o) disse). Rousseau chama-nos a atenção para o natural e para o desenvolvimento harmônico da criança. Esta maneira de ver o processo de educação teve suas conseqüências e estas chegam até Pestalozzi, Friedrich Froebel e J.F. Herbart. Pestalozzi trabalha um pouco mais a idéia do desenvolvimento harmônico, principalmente em seu relacionamento com as crianças pobres, onde mostra que a educação nada mais é do que o desenvolvimento conjunto do organismo, do intelecto e da moral — ou em outras palavras —, desenvolvimento da cabeça, coração e corpo. Sua tônica é voltada para o desenvolvimento dos germes que o indivíduo tem dentro de si. Allan Kardec, discípulo de Pestalozzi, absorve a perspectiva desta educação e muito antes de se dedicar aos estudos espíritas já tivera publicado vários trabalhos de cunho didático.
Para sermos mais exatos, o nosso ponto de partida tem que ser Allan Kardec, pois foi ele quem criou a palavra Espiritismo e Espírita. Nesse sentido, o Projeto 1868 esclarece-nos que “um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver princípios de Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as idéias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns. Considero esse curso de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas conseqüências”. (Obras Póstumas, p. 342)
De lá para cá o Espiritismo teve um avanço muito grande. No Brasil, em 17/09/1865 —Salvador, Bahia —, é instalado o “Grupo Familiar do Espiritismo”, o primeiro Centro Espírita do Brasil e, às 20h30min, Luís Olímpio Teles de Menezes preside a uma sessão mediúnica, onde se recebe a primeira página psicografada e assinada por “Anjo Brasil”. Em julho de 1869, para melhor defender e propagar o Espiritismo, duramente atacado pelo clero e imprensa de Salvador, Luís Olímpio Teles de Menezes publica “O Echo D’Além-Tumulo” — Monitor Do Espiritismo no Brasil, o primeiro jornal espírita do Brasil. Funda-se em 02/08/1873, por inspiração do Espírito Ismael, a “Sociedade de Estudos Espíritas — Grupo Confúcio”, que pelo seu regulamento deveria seguir os princípios e as formalidades expostas em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns (Barbosa, 1987, p.70 e 74).
Depois que o Grupo Confúcio foi extinto, em 1876, o movimento espírita entrou numa fase de muita dissidência, pois cada dirigente queria dar ênfase a um único aspecto da Doutrina Espírita. Assim, uns defendiam exclusivamente o estudo do Evangelho, outros se diziam Roustanguistas; uns arvoraram-se em científicos, outros se diziam puros. Como conseqüência, a separação, a desunião, a luta. Foi justamente nesse estado de coisas que surgiu Bezerra de Menezes, a fim de equilibrar o movimento espírita, tornando-o forte, coeso e seguro, no sentido de criar condições para que o Brasil pudesse cumprir a sua missão de fornecedora do Evangelho ao mundo.
Com sua perseverança conseguiu instalar, solenemente, a “Escola de Médiuns”, mas em vão chamava os “representantes” de outros grupos às sessões, aparecendo-lhe somente professores.
Em São Paulo, a partir de 1950, temos notícias dos esforços hercúleos de Edgar Armond para implantar o Curso de Aprendiz do Evangelho e o Curso de Educação Mediúnica.
Hoje, a maioria dos Centros Espíritas mantém, bem ou mal, os seus cursos regulares de Doutrina Espírita.
4. COMO SE APRENDE
4.1. APRENDIZAGEM

O termo procede do latim apprehendere, apoderar-se, e refere-se à aquisição de comportamento por oposição ao comportamento inato. Etimologicamente, a aprendizagem é, pois, aquisição de conhecimento ou habilidade. Ela pode ser definida como um processo de integração e adaptação do ser ao ambiente em que vive, implicando, pois, em mudança de comportamento.
Qual a diferença entre aprendizado e conhecimento? O conhecimento é passado, algo que já está na memória. O aprendizado é sempre presente. É uma forma de atualizar o que já sabemos, pois Platão já nos falava de que o aprender é recordar.
continua
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MensagemAssunto: A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA   A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA Icon_minitimeTer Mar 25, 2008 4:09 am

4.2. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O que é uma informação? Por que devemos nos preocupar com sua transferência? Por que devemos sempre estar fazendo cursos de treinamento de colaboradores?
A Informação, segundo o Dicionário Aurélio, significa a comunicação ou notícia trazida ao conhecimento de uma pessoa ou do público. A informação é mais do que o simples conhecimento, é o conhecimento adquirido, visto o indivíduo tê-lo procurado, esforçado para obtê-lo. A preocupação com a informação e sua comunicação é importante dentro de uma Empresa, visto que todos estão transferindo conhecimento de uns para os outros. Observe quando uma pessoa vem pela primeira vez ao Centro. Quem é o primeiro a lhe dar uma informação, uma orientação? É o atendente ou o recepcionista. Depois, esta pessoa vai ao Plantão de Orientação. Quem é a próxima pessoa a lhe transferir informações? O Entrevistador.
4.3. O QUE É APRENDER?

O processo de aprendizagem pode ser posto da seguinte forma:
1. Deve haver necessidade de resolver um problema;
2. Para enfrentar o problema a pessoa se prepara: estuda, lê, consulta, pergunta, examina instrumentos etc.
3. A pessoa faz algumas tentativas de ação. Em inglês diz-se learning by doing. Aprende-se fazendo.
4. Constata fracasso e sucesso. Tenta corrigir o fracasso e repetir o sucesso.
5. A aprendizagem baseia também numa aprendizagem anterior.

O aprender envolve, assim, a captação dos dados, a sua memorização, a associação com outros conhecimento e a aplicação em outros campos de interesse. O aprender pressupõe uma mudança de comportamento. Quer dizer, só podemos nos dizer conhecedores, aprendizes da Doutrina Espírita, quando isto processar uma mudança em nós. Contudo, essa mudança deve estar associada à orientação de Jesus. Sem o apoio do Mestre Jesus, nenhum ensinamento será bem concretizado em nossos corações.
Aprender é aproximar-se à filosofia de Sócrates, ou seja, ao “sei que nada sei”. E esta é a verdadeira atitude, porque nos leva à humildade.
5. COMO SE ENSINA
5.1. TIPOS DE ENSINO

a) educação “bancária” ou “convergente”
- baseado na transmissão do conhecimento e da experiência do professor. Dá-se importância ao “conteúdo da matéria”. O objetivo é produzir um aumento de conhecimento nos alunos. O aluno é passivo, grande tomador de notas, exímio memorizador. Prefere manejar conceitos abstratos a resolver de forma original e criadora problemas concretos da realidade em que vive.
b) educação “problematizadora” ou “libertadora”
- uma pessoa só conhece bem algo, quando o transforma, transformando-se ela também no processo. Baseia na participação ativa e no diálogo constante entre alunos e professores. A aprendizagem é concebida como a resposta natural do aluno ao desafio de uma situação-problema.
5.2. O QUE É ENSINAR?

No aprender o aluno o faz por si mesmo. Ensinar não é o mesmo que aprender. Por isso, se o aluno não aprender, todo o esforço feito para ensinar estará perdido.
O ensinar pressupõe dois princípios fundamentais:
a) partir sempre do conhecido para o desconhecido;
b) do simples para o composto.

5.3. CURSOS E NÃO CURSOS

Como dissemos anteriormente, ensinar é marcar com um sinal. Pode-se perceber que marcar com um sinal não depende de curso regular. No corredor, na entrevista, no diálogo, na conversa ao pé do ouvido estamos aprendendo e ensinando. Quer dizer, para se aprender não necessariamente precisaríamos de cursos regulares, pois sempre que estivermos em contato com alguém que saiba mais do que nós, estaremos em aprendizado.
A instituição de cursos regulares é mais para dar uma direção didática e metódica ao ensino, escolhendo aquilo que de melhor acharmos para que todos tenham instrumentos, informações de se falar a mesma língua.
6. O ENSINO NO CENTRO ESPÍRITA
6.1. DOUTRINA ESPÍRITA

Antes de falarmos de ensino no Centro Espírita, devemos ter pleno conhecimento do que seja a Doutrina Espírita. Por Doutrina Espírita entendemos os princípios fundamentais deixados por Allan Kardec em suas obras básicas e complementares. Quer dizer, só podemos falar em ensino espírita, se partirmos dos seus pressupostos básicos, ou seja, do acervo que existe nos livros.
6.2. OS CURSOS

Geralmente o ensino espírita é feito através de Cursos Regulares. Estes, porém, não devem ser transformados em cursos mundanos. Lá, na sociedade, nós freqüentamos os cursos para adquirir uma especialização, formarmo-nos em uma profissão. Aqui, a intenção é outra. O Espírito Emmanuel, por exemplo, define o Centro Espírita como a universidade da alma, o que nos leva a refletir que a atitude, tanto de quem ensina como de quem aprende, deve ser a de formar almas compenetradas de suas responsabilidades perante si mesmos e perante os outros.
6.3. LEMBRETES AOS DIVULGADORES DA DOUTRINA ESPÍRITA
1) Eliminar qualquer tipo de autoridade sobre os alunos: todos somos aprendizes, e se assim nos comportarmos, haverá realmente um clima de aprendizado sadio;
2) Evitar dizer: “Você é médium e tem que desenvolver a mediunidade”. Desenvolver a mediunidade não é receber Espíritos; é estar cada vez mais em sintonia com os bons Espíritos que nos acompanham;
3) A insistência pelo estudo deve ter seus limites, pois muitos não sabem ler e nem escrever;
4) Uma pergunta que deixa o aluno ou ex-aluno incomodado: você já terminou o curso e ainda não trabalha?

7. CONCLUSÃO
Estejamos conscientes que a relação ensino-aprendizagem reveste-se de grande utilidade, tanto para o educador como para o educando. Contudo, não transformemos o ensino-aprendizagem num acúmulo de informações e raciocínios, sem qualquer vínculo com as necessidades prementes do Espírito imortal.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
BARBOSA, P. F. Espiritismo Básico. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1987.
Sérgio Biagi Gregório
http://www.ceismael.com.br/artigo/artigo036.htm
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