Refletindo Sobre a Diferença - Como é Ser Cego?
A cegueira não machuca, não dói, não limita tão radicalmente como pensam os que enxergam quando fecham os olhos por um minuto imaginando serem cegos, e também não é doença.
Da mesma forma como nós vemos com os olhos físicos aquele que é cego se acostuma tanto com a sua forma diferente de ver que o seu dia a dia é tão normal para ele, que ele esquece da cegueira e acaba por ver do seu jeito e nem lembra que não é visão de olhos físicos.
O cego pode trabalhar, viver, ter e sentir todos os aspectos emocionais e intelectuais que todos podemos ter.
A cegueira não é, então, um problema, mas tão somente uma diferença.
Assim como nós temos dificuldades em várias coisas, aquele que tem deficiência visual possui uma dificuldade a mais nesta encarnação; mas, tanto pra quem tem como pra quem não tem, as coisas serão mais difíceis ou menos difíceis dependendo da forma como enfrentamos as dificuldades que surgem na nossa vida.
Claro que a cegueira coloca um limite maior, mas isso é conseqüência de como a sociedade encara essa deficiência, porque coloca quem a tem com a necessidade de superar muito mais coisas do que quem vê com os olhos físicos, pois da forma como a cegueira é encarada na nossa sociedade o cego tem que lidar, além da dificuldade de não ver, com os sentimentos de rejeição, de baixa estima e de serem considerados incapazes quando não o são.
Ser cego, pois, é ser apenas diferente, mas é ser tão igual no pensar, no agir, no querer, no fazer e no sentir.
(adaptado e baseado no texto de MAQ : Como é Ser Cego? http://www.bengalalegal.com.br/mito.php)
(fonte: http://www.cvdee.org.br/sitedagente/navigation.asp?idcat=020&id=011)