ENTENDIMENTO ESPIRITA
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 FILHOS QUE NÃO QUEREM ESTUDAR, PROFISSÃO DOS FILHOS

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: FILHOS QUE NÃO QUEREM ESTUDAR, PROFISSÃO DOS FILHOS   FILHOS QUE NÃO QUEREM ESTUDAR, PROFISSÃO DOS FILHOS Icon_minitimeQui Mar 06, 2008 11:20 am

Desde menino Vítor sempre teve dificuldade de concentração.

Mesmo quando manuseava um brinquedo, notava-se sua irritação e desejo de desmontá-lo. Não passava muito tempo com um mesmo brinquedo. Sempre queria outro e mais outro.

Seus educadores tiveram dificuldade para alfabetizá-lo, pois não conseguia memorizar ou associar as sílabas aos objetos mostrados.

Com muita paciência e se atrasando um ano, ele conseguiu, graças a uma professora muito carinhosa, concluir a alfabetização.

Na puberdade e adolescência a dificuldade de seus pais para que se interessasse pelos estudos foi enorme. Perdeu dois anos consecutivos na sétima série e um no segundo ano colegial.

Nesse meio tempo interessou-se por música ficando, boa parte de seu tempo, com os amigos tocando guitarra e bateria.

Em casa ele falava pouco, não era agressivo nem costumava se envolver muito com os problemas domésticos. Gostava de dormir e de ouvir música.

Seus pais recorreram a diversos profissionais para que o filho se interessasse pelos estudos, sem muito êxito. Por fim, ele resolveu fazer um curso superior de música contra a vontade dos pais, os quais queriam para o filho uma profissão de mais destaque social.

Hoje Vítor toca numa banda e se dedica inteiramente à profissão de músico sem se incomodar muito para os comentários de que ele deveria ter escolhido outra profissão da qual a família pudesse se orgulhar.

Ele, como muitos, passou por dificuldades na escolha profissional pela falta de percepção de seus pais quanto aos talentos naturais de seus filhos. Nem sempre encontramos nos pais essa percepção em face do preconceito quanto a certas profissões consideradas inferiores. A dedicação à arte geralmente faz com que os pais temam o envolvimento com drogas, algo muito típico no meio. Ao invés de impedir o acesso do filho à manifestação de seu talento, talvez seja mais adequado prepará-lo moral e espiritualmente para enfrentar os desafios do mundo.



As habilidades que nos permitem apreender as leis de Deus são infinitas. Pode o espírito desempenhar os mais diversos papéis sociais vinculados a uma profissão que certamente entrará em contato com as leis de Deus. Suas habilidades, adquiridas nas experiências reencarnatórias, se encontram armazenadas no perispírito e estarão sempre disponíveis quando lhe for necessário.

O estímulo que receberá dos pais ativará psiquicamente aquelas habilidades para o melhor desempenho em seu próprio favor.

Quando os pais estimulam seus filhos ao estudo, estarão, indiretamente, conectando-os àquelas habilidades latentes. Porém, alcançarão aquelas que estavam vinculadas aos conhecimentos cognitivos.

Melhor seria que estimulassem seus filhos ao desenvolvimento de habilidades em paralelo à educação formal. Desde cedo devem levar os filhos a atividades nas quais eles desenvolvam habilidades manuais, musicais, corporais, intuitivas, etc.

Dessa forma, a psiquê humana estará conectando a consciência ao inconsciente, extraindo deste, aquilo que se constitui nas habilidades adormecidas.

Encaminhar os filhos à escola e lhes estimular o gosto pelo estudo são atitudes fundamentais, porém, não lhes desenvolver outras inteligências além daquelas alcançáveis pela educação formal é atrofiar suas capacidades espirituais.

O Espírito é eterno e suas capacidades são infinitas. Sua mente foi estruturada para atender aos requisitos de sua evolução.

Quanto mais estimulada mais preparado ele se encontrará para vencer seus desafios.



Por vezes encontramos crianças e principalmente adolescentes que não querem estudar. A grande maioria encontra dificuldade de concentração e de aprendizagem. Alguns se sentem inferiorizados perante seus colegas e preferem deixar de ir às aulas a enfrentar suas próprias deficiências.

Devem os pais, através do diálogo franco e aberto, descobrir as causas, insistindo para que não desistam dos estudos. Seus complexos impedem que enfrentem suas deficiências escolares.

Alguns pais, por não se interessarem pela vida escolar de seus filhos, contribuem para que eles desistam de estudar. Devem estar ao lado de seus filhos a fim de que não percam o interesse pelos estudos e possam vencer as dificuldades que interferem em seu sucesso intelectual.

Alguns pais, para que seus filhos não percam o ano, costumam transferi-lo de Escola para facilitar a aprovação. Importante que, independente da providência tomada, conversem com seus filhos a fim de descobrirem os motivos do insucesso nos estudos e salientem para eles que a medida foi tomada em caráter de exceção e que devem recuperar o que não foi aprendido. Seria conveniente ampliar as horas domésticas de estudo, se possível com reforço escolar. A atitude de transferir de escola deve ter sua repetição evitada.

Muitas vezes os filhos assim procedem por terem um padrão psíquico de desistência diante dos mínimos obstáculos. São espíritos que se acostumaram a retroceder quando as provas e expiações não são do seu agrado. É principalmente por esse motivo que os pais não devem estar sempre arranjando a situação para que seus filhos não saiam ‘perdendo’.

Alguns continuam com as mesmas dificuldades intelectuais que tiveram em vidas passadas e devem merecer estímulo e acompanhamento para que não desistam de novo. Esse acompanhamento, principalmente por parte do pai, é fundamental para que o desafio seja vencido pela criança ou adolescente.



Há, por outro lado, uma excessiva cobrança dos pais quanto a necessidade de que seus filhos estudem. Parece que só é possível crescer num nível intelectual superior. Existe uma supervalorização do curso universitário como única via de crescimento pessoal.

É certo que a sociedade valoriza o diploma de curso superior, mas as habilidades humanas não devem ser desprezadas em função de uma exigência coletiva. O espírito é um ser criativo e pode demonstrar suas habilidades nos cenários mais adversos.

Não se deve desprezar as capacidades criativas humanas e elas devem ser percebidas logo cedo pelos pais.

Quando se observar que um filho na adolescência tem dificuldades em estudar, deve-se tentar identificar suas habilidades pessoais e, além de continuar incentivando-o aos estudos, encaminhá-lo para que as descubra e as aperfeiçoe.

A escolha profissional de um filho não é tarefa fácil. Dúvidas e influências diversas povoam os pensamentos do adolescente quando tem de se decidir sobre essa ou aquela profissão. A influência dos pais é a maior, pois além dos modelos serem muito próximos, o desejo de corresponder às expectativas também está presente. Os pais exercem influência sobre a profissão dos filhos mesmo que diretamente não o queiram fazer. Deve-se ter sensibilidade em conduzir sem impor nem deixar que o façam sozinhos.

Uma conversa amigável e um conselho orientador não fazem mal.

Fundamental é não exigir do filho o que ele não conseguiria corresponder.

Os filhos, cujos pais os encaminharam na mesma profissão deles, geralmente desejam que seus filhos sigam a mesma carreira que adotaram. Nem sempre o conseguem, pois pode não haver nenhum espírito reencarnado entre eles, como filho, que tenha tal desejo ou possua as mínimas habilidades para o exercício daquela profissão. Isso pode frustrar os pais que não compreendem que, às vezes, as leis de Deus modificam nossos desejos por causa do viés que pode atrapalhar a nossa e a evolução de outros espíritos.



Não se deve esquecer que os filhos que recebemos são espíritos que já desenvolveram várias habilidades no passado. Já exerceram várias profissões, principalmente aquelas que não lhes exigiam curso superior, tendo em vista a existência no passado de poucas instituições e do alto custo.

As profissões técnicas e aquelas ligadas ao comércio eram mais comuns, portanto as habilidades a elas afeitas se encontram latentes no inconsciente.

O mau desempenho numa profissão que porventura tenha exercido no passado, poderá levar, no presente, a que o espírito não queira exercer aquela habilidade, interessando-se por outra na qual talvez também não consiga sucesso. As profissões se modificam com o tempo o que promove o aprendizado de diferentes habilidades ao espírito.

Os espíritos que foram bem sucedidos profissionalmente e que têm uma habilidade especial, tendem a continuar no exercício daquela habilidade. Muito raramente querem mudar de profissão.



O destaque de um filho é uma grande alegria para os pais.

Ao verem seus filhos alcançarem reconhecimento público por uma aptidão especial, se sentem orgulhosos, estimulando-os direta e indiretamente. Conseguem se projetar em seus filhos no alcance da fama e glória que gostariam de obter.

O mais comum é o sucesso no desempenho de funções cognitivas, com destaque na linguagem verbal e escrita. Essas habilidades, quando precoces, despertam a atenção dos pais e educadores para que a criança não venha a ter seu desenvolvimento prejudicado. A criança que fala mais cedo ou que aprende a ler ou escrever antes dos cinco anos é colocada em lugar de destaque pelos que lhe acompanham o desenvolvimento.

Quando essas habilidades não são bem conduzidas, sob acompanhamento especializado, isso pode se tornar danoso ao psiquismo da criança. O desenvolvimento inadequado do psiquismo, sendo estimulado a aptidões de forma precoce, poderá promover a ausência de funções, isto é, o não surgimento de outras habilidades que deveriam ser adquiridas naquela idade.

Igualmente perigoso pode ser a estimulação cognitiva precoce em desrespeito à maturação cerebral e motora adequadas.

A criança sentirá a cobrança em corresponder sempre àquela precocidade, caso não se dê também atenção a outras habilidades que ela deve simultaneamente desenvolver.

As habilidades que se destacam geralmente se situam na esfera das inteligências lógico-matemática e lingüístico-verbal em face da valorização a elas atribuídas na sociedade ocidental. Outras habilidades tão importantes quanto aquelas são geralmente desprezadas. Uma criança que apresente habilidades no campo emocional ou demonstre uma certa maturidade psicológica nem sempre tem a mesma atenção que aquelas que apresentem a precocidade, por exemplo, na linguagem. Os adultos, por desconhecimento de si mesmos, não conseguem perceber tais sinais de maturidade na criança.

A precocidade na criança é fruto das capacidades do espírito imortal que se habilita nas experiências reencarnatórias. Um espírito mais experiente no campo emocional, por ter aprendido ao longo de suas vidas sucessivas a se relacionar moderadamente com seus pares, apresentará, desde a infância, essa aptidão.

Em todos os casos de precocidade devem os pais procurar ajuda especializada para não contribuírem com o exagero da atenção na habilidade demonstrada sem se perguntarem “para quê” ela surgiu.

Estimulada pela atenção dos pais, a criança pode sentir, pelo reforço dado, que aquela habilidade é muito importante e, por esse motivo, querer corresponder por causa da satisfação que dará a eles.

A criança deve dar importância à habilidade de forma a aproveitá-la para seu futuro. Não deve ser apenas um fator de orgulho para os pais.

Para quê? Para o uso adequado, para a educação da habilidade, para o não atrofiamento, para o encaminhamento responsável, para o aprendizado de seus pais, para que o próprio espírito encarnado trabalhe sua vaidade e, por fim, para ensinar aos demais como aprender aquela habilidade.



“Quem diz o povo ser o Filho do homem?”38

A preocupação do Cristo transcende o querer saber de sua popularidade entre os judeus. Mostra-nos também que as pessoas têm sobre nós muitos conceitos e que, às vezes, eles se encontram muito distanciados de nossa realidade. Pensam e falam muito a respeito do que não conhecem na intimidade. Falam de suas próprias projeções.

38 Mateus 16:13.

É assim também no que diz respeito aos nossos filhos, pois, muitas vezes, queremos que eles sejam importantes na vida para realizarmos nosso desejo de projeção pessoal não alcançado.

Devemos buscar para nossos filhos que eles descubram sua natureza essencial e a realizem, sem que os desejos maternos ou paternos prevaleçam definitivamente sobre o significado de suas vidas.

O Cristo aponta para que cada um se perceba em sua caminhada, ouvindo o que as pessoas dizem sobre si, utilizando seu senso crítico sobre o que ouvem e continuando adiante.

Devem os pais passar para seus filhos a importância do que dirão as pessoas a seu respeito, mas devem, também, colocar-lhes que precisam ouvir o que lhes dizem seus próprios corações.

Quando algo não está bem em nossas vidas ou quando queremos tomar alguma atitude que implicará em mudanças na vida é de bom alvitre que se ouçam as pessoas mais próximas em nossa volta. Devemos querer saber qual a imagem que passamos aos outros a fim de conhecer nossa própria sombra.

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