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 FENÔMENOS DE TRANSPORTE - Caso II

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VICTOR PASSOS
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MensagemAssunto: FENÔMENOS DE TRANSPORTE - Caso II   FENÔMENOS DE TRANSPORTE - Caso II Icon_minitimeQua Mar 12, 2008 5:04 am

FENÔMENOS DE TRANSPORTE

CATEGORIA I
Transportes a pedido ou em que se encontram modalidades de produção que excluem toda possibilidade de fraude
Caso II



Luvas e flores obtidas em uma das sessões realizadas em casa do Sr. João Alfredo de Mendonça e expostas, a pedido do Espírito, num dos estabelecimentos da Rua Conselheiro João Alfredo, uma das mais concorridas de Belém.

A foto exibida acima foi extraída da 1ª edição do livro "O Trabalho dos Mortos", de Nogueira Faria - publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira - Ano: 1921.

2 FINAL

Em outra sessão à qual teve ocasião de assistir o mesmo Achille Tanfani na casa dos Guppy, presente também o escri­tor Robert Cooper, produziram-se outros fenômenos da mesma natureza, mas que não relatarei aqui para não me alongar muito, salvo o seguinte episódio em que se verificou o aparecimento de outros animaizinhos vivos. Escreve o narrador:

Em um dado momento derramou-se água perfumada sobre nós e fomos gentilmente acariciados com raminhos de cerejas, em que, acesa a luz, descobrimos dois escaravelhos vivos, com muito pavor da Sra. Guppy, que tem por eles repugnância. (Idem, pág. 302).

E agora passo a narrar os principais trechos dos relatórios sobre as sessões com a Sra. Guppy, em Florença, relatórios escritos por Rinaldo Dall'Argine, secretário da Società Spiritica Florentina e um dos mais inteligentes e beneméritos espíritas da primeira hora.

Tiro os trechos, aqui reproduzidos, dos Anais do espiritismo na Itália (1869), pág. 178 e seguintes). O relator assim começa:

A Sra. Guppy, apenas chegada a Florença, fez ami­zade com a condessa Enrichetta Bartolomei, esposa do Senhor conde Tomaso Passerini, e, como são ambos ardorosos e perseverantes cultores de nossa doutrina e muito fre­qüentemente fazem experiências em sua residência, a Sra. Guppy, por eles convidada a dar provas de suas extra­ordinárias faculdades mediúnicas, se prestou com toda a boa vontade e obteve os costumeiros fenômenos.

A primeira sessão, que a Sra. Guppy fez na casa Passerini, foi na noite de 23 de dezembro de 1868. Os convidados, em número de 14 ou 15, eram todos espíritas e, em volta de uma mesa redonda, do diâmetro de cerca de um metro, se sentaram os cônjuges Guppy e muitos dos assistentes. A médium quis que lhe ligassem as mãos e que a dona da casa as prendesse entre as suas e assim se fez. O Dr. Wilson (um dos convidados) segurou as mãos do Sr. Guppy. As outras pessoas do círculo estavam em torno da mesa, em segunda linha, formando cadeia.

Após alguns minutos, a médium (sempre de mãos ligadas e seguro pela. Sra. Passerini) mandou apagar a luz. Com a sala em profunda escuridão, ouvimos pancadas na mesa como se alguém, com os nós dos dedos, batessem sobre ela. Então, por meio da tipologia, houve um diálogo entre o Sr. Guppy e o espírito que se manifestava.
A Sra. Bulli (médium vidente que assistia à sessão) disse ver uma grande quantidade de flores, entre as quais distinguia, claramente, uma belíssima rosa vermelha, muito grande e com três folhas. Alguns minutos após, foi por todos sentidos um suave perfume de flores e depois como que uma chova que caísse em cima da mesa. Cessado o rumor ouvido e acesa a luz, ficaram todos maravilhados ao achar o móvel inteiramente coberto de flores fresquíssimas. As flores eram junquilhos, violetas, gerânios, magnólias, cra­vos e uma belíssima camélia vermelha em três folhas que a médium vidente já vislumbrara na escuridão e que, pela sua semelhança julgara ser uma rosa.

Na noite de 26 do citado mês, a Sra. Guppy voltou à mesma casa para dar novas provas de sua mediunidade. Os resultados foram pouco mais ou menos iguais aos obti­dos na noite de 23. Tivemos, por duas vezes, uma abun­dante chuva de flores frescas, fresquíssimas mesmo, e todas molhadas e naquela noite chovia forte. Uma senhora, tendo podido ao espírito alguns animaizinhos vivos, como, por exemplo, um passarinho, um rato ou um coelho, o espírito não se fez de rogado e logo pôs sobre a mesa diversos insetos alados, quase todos grandes, que eu não sei como denominar, os quais, depois de terem passeado em cima e em baixo da parte superior da mesa, alçaram vôo e se foram embora. O espírito presenteou-nos com algumas maçãs, limões e laranjas. Antes, uma dessas nos foi arremessada, com certa força, contra o peito, mas sem me causar o menor mal.

Também, naquela noite, a Sra. Guppy e seu marido, quando a sala ainda estava na mais completa escuridão, não tinham livres as mãos, que eram, firmemente seguras por aquelas que se achavam mais próximas. Todas as vezes que os cônjuges Guppy se encontram em alguma casa, para tentar qualquer experiência, sempre exigem que seja Revistado para dissipar qualquer suspeita de que possam ocultar objetos que, na escuridão, caiam sobre os assis­tentes.

Os esposos Guppy, que são de uma rara gentileza, recusavam a favorecer, com as suas presenças, a nossa sociedade. Enquanto esperávamos que o número de sócios estivesse completo para começarmos as nossas expe­riências, alguém disse que não podia compreender como é que os espíritos podiam distinguir as cores na escuridão. Apagada a luz, manifestou-se um espírito que ditou, pela tipologia, as seguintes palavras: Há aqui alguém que acredita que os espíritos não vêem no escuro. Cessadas as batidas, reinou, durante alguns minutos, o mais profundo silêncio, quando, de repente, ouviram-se como que uma chuva de folhas secas a cair em cima da mesa. Acesa a luz, vimos a mesa coberta de confeitos de diversas cores: brancos, vermelhos, verdes, amarelos, etc. Então o espí­rito convidou-nos a reuni a todos em um só monte, no meio da mesa, e a apagar de novo a luz, o que logo se fez.
Depois de Breves instantes, por ordem do mesmo espírito, foi acesa a luz e, com grande surpresa nossa, verificamos que os confeitos haviam sido separados segundo as suas cores, isto é, os brancos estavam todos reunidos à parte, os vermelhos igualmente, os verdes também e assim todos os outros. O espírito, operando aquela separação, quisera provar que os espíritos podem, na escuridão que só existe para nós, distinguir perfeitamente as cores.

Pela terceira vez a Sra. Guppy se prestou a servir de médium à Società Spiritica Florentina. Também dessa vez foram tomadas as habituais precauções, isto é, Revistar o casal Guppy e segurar-lhe bem firmemente as mãos por todo o tempo em que as luzes estivessem apagadas. O primeiro re­sultado que obtivemos foi uma abundante chuva de fres­quíssimas flores de diversas qualidades e que embalsamaram o ar com os seus perfumes suaves. Todos os presentes tive­ram a sua parte e as senhoras, terminadas as experiências, partiram munida cada uma de um belo buquê. Depois da­quela chuva de flores, as luzes foram apagadas de novo e, quando reinava o mais completo silêncio, fomos todos abala­dos por uma fortíssima Bancada vibrada na mesa, semelhante à que teria produzido uma grande pedra que sobre ela hou­vesse caído. Reacesa a luz, achamos, não uma grande pedra, como acreditávamos, mas um grande pedaço de gelo, claro como cristal, do cumprimento de 15 centímetros e 10 espessura, o qual, ao cair, se partira..

Pode-se calcular a surpresa de todos: o tamanho daquele pedaço de gelo era para liquidar qualquer dúvida que alguém alimentasse. Quem teria podido escondê-lo, no próprio bolso e ocultá-lo por tanto tempo, sem ficar completamente mo­lhado?

Paro aqui com as citações. Para quem quer que se pro­ponha a analisar os fatos, sem deixar ofuscar a sua mente pela caligem dos preconceitos, deveriam bastar às episódios citados para admitir a existência indubitável dos fenômenos de trans­porte.

Com efeito, nos referidos trechos, se contem tudo quanto poderia legitimamente exigir-se para prática e racionalmente reconhecer a genuinidade de uma fenomelogia supranormal obtida em condições de completa escuridão.

É de notar-se, antes de tudo, a circunstância de que, nas experiências de Florença, os cônjuges Guppy, a seu próprio pedido, foram sempre Revistados, bem como constantemente seguros pelas mãos, enquanto, além disto, a médium exigia que se lhe ligassem as mãos às dos seus vizinhos. E malgrado essas condições inexcedíveis de segurança contra qualquer prá­tica fraudulenta não só foram obtidas as habituais e abundantís­simas chuvas de flores e frutos, mas, numa noite em que choviam torrencialmente, as flores transportadas estavam literalmente molhadas pela chuva, circunstância teoricamente nota­bilíssima do ponto de vista probatório e que se renova muitas vezes nos fenômenos de transporte. Quem Escreve já a obte­ve uma vez cem a mediunidade de Eusapia Paladino (como mais adiante se lerá), e, na Inglaterra, obtiveram-se trans­portes de flores cobertas de flocos de neve e isso em corres­pondência com o fato de que, naquele momento, nevava. Noto, além disto, que, nas sessões de Florença, foram obtidos casos de transporte a pedido, o primeiro dos quais se realizou com a chegada de animaizinhos vivos, pertencentes à classe dos coleópteros e o segundo, mais extraordinário ainda, foi pro­vocado pela observação de um assistem (o que naturalmente se identifica com um transporte a um pedido). Aludo com isto ao transporte dos confeitos multicores que a entidade comu­nicante subdivide, em plena obscuridade, em tantos montes quantas eram as suas cores, fenômeno que serve, portanto, para provar a gênese supranormal dos transportes produzi­dos. E, como se tal não bastasse, chega-se, enfim, ao magnífico fenômeno do transporte de um grande pedaço do gelo (15 centímetros de lado e 10 de espessura), coisa que a médium não teria Podido ocultar sob as saias, sujeita ao calor do corpo, por uma hora e meia, sem derreter inteiramente e formar uma lagoa no soalho.

Observo que o fenômeno do transporte de pedaços de gelo se produziu outras vezes com a Sra. Guppy. Assim, por exemplo, o célebre escritor inglês Adolph Trollope atestou, perante a Comissão de Inquérito da Sociedade Dialética, que, numa sessão com a médium em apreço, foi atirado, sobre a mesa, um enorme pedaço de gelo com tal ruído e com tanto ímpeto que o gela ficou em pedacinhos, acrescentando que o fenômeno se dera uma hora depois de começada a sessão, de modo que, se o gelo já estivesse no aposento aquecido, ter-se-ia derretido completamente. (Relatório da Sociedade Dialética, pág. 371). Salienta, enfim, que o professor Ochorowicz refere que, com a sua própria médium. Sra. Tamczyk, obteve, a pedido, o transporte de um punhado de neve, em correspon­dência com o fato de que, naquele momento, nevava (Annales des Sciences Psychiques, 1909, pág. 71).

Demorei-me em tratar tias sessões de Florença porque elas foram otimamente fiscalizadas. Noto, não obstante, que as experiências, antes relatadas, são igualmente positivas do ponto de vista probatório. Pense-se na circunstância referida por Achille Tanfani que fora a uma sessão na casa das Volkmann numa carruagem em que se achavam quatro pessoas, inclusive a médium, apertadas e imobilizadas pela falta de espaço, cir­cunstância que Prova que a médium, em semelhante condição de cerceio recíproco, não teria podido esconder, junto ao seu corpo, uma porção de rosas, que foram achadas fresquíssimas, bem como umedecidas de orvalho; limões, laranjas, pepinos, um grande pé de uva espim com terra e raízes, que, em altura e largura, media mais de dois pés, um grande galho de fram­boesa da altura de seis Pés e nove insetos multicores que se puseram a voar de flor em flor.

Pense-se ainda no outro episódio de Achille Tanfani, que pede o transporte de uma relva que lhe caiu pouco depois no colo, e, quando a observou, descobriu que, na terra úmida, ade­rente às raízes, se contorciam minhocas. E, a propósito de ani­maizinhos vivos, recordo ainda o transporte de dois esca­ravelhos em raminhos de cerejas em flor, enquanto, em outra sessão, de que fala Podmore na sua obra (vol. II, Pág. 67), foram transportados caranguejos e enguias vivas. Recordo, fi­nalmente, outro fenômeno obtido a pedido de um pé de girassol de seis pés de altura, na casa do naturalista Russell Wallace. Depois do que observo que não me parece ter exagerado quan­do disse que os fenômenos de transportes, que se produziam com a mediunidade da Sra. Guppy, bastam também, por si sós, para provar, experimentalmente, a existência incontestável

Isto posto, apresso-me a repetir o que disse antes, isto é, que, se bastam e devem bastar, do ponto de vista estritamente pessoal, poucos casos bem fiscalizados para levar racionalmente à convicção quem quer que não tenha a mente ofuscada por preconceitos, o mesmo não se pode afirmar no caso de demons­trações científicas para as quais se exige confirmação de um dado fenômeno sob formas suficientemente variadas e bastante numerosas para se ter um modo de aplicar, à série inteira dos fenômenos investigados, os processos da análise comparada e da convergência das Provas. A Ciência tem uma elevadíssima missão a cumprir no mundo: a de iluminar e guiar a humani­dade na sua lenta evolução social e espiritual e tudo isso implica uma grandiosa responsabilidade moral nos representantes do saber, responsabilidade moral que exige o caminhar, com cau­tela, pela estrada que conduz à verdade. Assim sendo, só me resta continuar com a exposição dos fatos.
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